domingo, junho 26, 2005

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Quando eu penso que finalmente estou melhorando, eu volto a ficar mal. Às vezes é uma música ou qualquer outra coisa que me faça lembrar ele. Essa madrugada eu chorei muito. Uma saudade enorme dos beijos, da mãozinha dele junto da minha. Chega a dar vontade de sair correndo daqui e ir até onde ele está. Mas eu sei que ele não quer isso. Ele agora está bem - ou pelo menos assim parece -, e eu continuo tentando juntar os cacos, tentando arrumar coisas pra me distrair, mas ainda não consigo parar de pensar. É cruel, é muito ruim isso. Eu sei que vai passar, mas é difícil. Eu odeio ter que admitir que ainda sinto saudades.

Uma observação: não vou mais aturar comentários estressadinhos aqui. Primeiro, eu acho que quem decide quem deve se afastar da minha vida sou eu. Segundo, é um erro muito grave querer julgar quem você não conhece. É muito fácil sair apontando só o que a pessoa tem de ruim, e se esquecer de cada um de nós também tem seus podres. Ele me magoou, me feriu, mas também tem suas qualidades, e é uma pessoa que merece respeito tanto quanto qualquer outra. Eu não sou perfeita; fiz muita merda nesses 22 anos e vou continuar fazendo (e admito tudo de ruim que já fiz, mas nem por isso vou ficar apontando os erros dos outros, quanto mais quiando esse "outro" eu nem conheço). Quem me conhece sabe que eu não gosto de ficar mal com ninguém, por maior que seja o mal que essa pessoa tenha me feito. Já passei da fase de ficar acumulando sentimentos destrutivos dentro de mim (isso não leva a lugar nenhum, acreditem), e consegui manter muitas amizades hoje pelo simples fato de estar aprendendo a perdoar.

terça-feira, junho 21, 2005

O fim de semana

Na sexta fui ao salão. Fiz mão, pé, cortei o cabelo. No dia seguinte havia uma festa de 15 anos de uma menina que eu não conhecia (mas minha mãe é amiga da família), e então fui com ela. Foi uma oportunidade de exercitar um pouco meu lado mais glam (vestidão vermelho, maquiagem etc). OK, não foi tão divertido, pois o tempo todo eu ficava pensando em como seria legal se ele estivesse ali comigo. Ninguém pra conversar, muita gente que eu não conhecia. Muito salgadinho. Músicas variando entre forró, axé, festa no apê, hip hop. Decoração de bom gosto. Não me diverti, mas decididamente foi melhor do que ficar em casa. Whatever.
Domingo, cansada, com cólicas, não fiz nada.
Um amigo meu me ensinou a jogar ROSE Online; ainda tenho muito que aprender pois sou totalmente noob neste jogo, mas aos poucos estou aprendendo. O que não significa que vou parar com o Ragnarök, que continua sendo meu jogo do coração. Mas às vezes é legal ter outras coisas pra brincar.
Saindo do fim de semana, ontem fui pro curso, como de costume. Começou a fazer muito frio, mas eu gosto disso. Hoje minha mãe fez 60 anos, vieram algumas pessoas aqui, teve bolo, empadão. Muito muito frio. Bolo, empadão, frio, eu gosto disso.
Ainda continuo muito chateada com coisas que já estavam me deixando assim antes e agora outras mais. Mas eu juro que isso vai passar, eu to quase chegando no meu limite.

sábado, junho 18, 2005

Still I'm sad

Primeiro fim de semana sem ele.
E essa porcaria de saudade me roendo, droga, droga, droga.

quarta-feira, junho 15, 2005

Alegria, tristeza, depois mais tristeza

Pela terceira vez, retomando o blog. Não deu pra continuar com o blog antigo por mera incompetência do UOL, mas whatever. Dessa vez espero escrever mais e com mais freqüência. Enfim, vamos ao que interessa.

Bom, no início de abril conheci um cara pelo qual rapidamente me apaixonei. Era uma época em que eu ainda estava sofrendo por causa de uma pessoa (que não vale a pena ficar mencionando aqui, mesmo porque eu já nem tenho mais contato com ele), e em muito pouco tempo ele me fez esquecer a fossa em que eu me encontrava, os problemas que eu ainda tinha. Estava cansada dessa brincadeira de só “ficar” e ter meus sentimentos sendo pisados o tempo todo, sofrendo por quem decididamente não valia a pena. Queria realmente alguém a quem eu pudesse me ligar, e que me levasse a sério. Naquele momento essa pessoa que eu conheci superou todas as minhas expectativas. Me deu atenção, me deu carinho, me deu alegria, me apresentou pessoas, me falava as coisas que queria ouvir.

Como era de se esperar, eu comecei a sentir um amor absurdo por ele. Ele resumia tudo o que havia de melhor na vida, era uma pessoa que tinha muito em comum comigo, que me entendia (na maioria das vezes). Até o momento, era a melhor coisa que já tinha acontecido a mim durante o ano. Uma pessoa que apareceu inesperadamente, sem que eu exatamente procurasse, e que em pouco tempo fez com que eu passasse da fossa a um período de muita felicidade.

Final de maio. Nancy, minha cachorra de quase 14 anos, comigo desde que eu era criança, começa a vomitar. No dia seguinte, a levamos à veterinária. Passo a manhã com ela enquanto ela toma soro. Trazemos de volta pra casa. Nenhuma melhora, nada, nada, nada. De madrugada estou no computador, ela deitada ao meu lado. Ela começa a se debater, eu tento massageá-la, me desespero. Choro. Chamo a minha mãe, minha irmã. Mais tentativas, e nada, nada.

Morreu.

E eu ajudo a embalar o corpo. Ajudo a colocar no carrinho. Ajudo a levar pra rua. A madrugada é fria e eu perdi minha companheira. Perdi minha irmãzinha querida, que me acordava todos os dias, que me fazia festas. Morreu.

Meados de junho. A pessoa que eu tanto amava me diz que acabou. Mais uma vez eu choro. Mais uma vez o vazio. Mais uma vez o mundo cai. Eu achava que viveríamos juntos someday, que teríamos nossos filhos, que construiríamos muita coisa juntos. Acabou. Ele vem aqui, e pede pra que eu fale alguma coisa. O que há pra dizer? Eu me desespero. E choro mais uma vez. Me humilho e mais uma vez digo que o amo. Ele não gosta que eu chore. Ele dorme. Ainda há o cheiro dele na minha cama, e ainda há muito dele dentro de mim. Eu choro porque o amo.

Acabou.

Eu sei que ainda vou sofrer muito. Não sei por quanto tempo. Semanas, meses. Não sei. Estou mal. Poderia estar pior? Sim. Mas é um daqueles momentos que a gente descobre que tem amigos verdadeiros que agüentam a nossa choradeira, que ficam ouvindo a gente contar a mesma história duas, três, quatro vezes. Que respeitam a nossa tristeza, mas tentam fazer a gente rir anyway. E eu me sinto grata por ver que ainda tenho desses (ainda que poucos) amigos. Eu os amo, do fundo do meu coração. É um daqueles momentos que a gente vê que a vida ainda vale a pena.

Estou chorando, quero dormir e não consigo. Eu amo e choro. Eu lembro de momentos que não vão voltar. Mas eu tenho amigos. E eu os amo.